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domingo, 23 de outubro de 2011

II - Mês II Dia

Isso não pudia durar muito, as coisas estavam indo muito de vagar. Tinha que bolar coisas diferentes, mais irritantes.
Passei quase a noite toda pensando, mas não encontrava nada de interessante. O que poderia irritar Bastian?
Levantei de manhã aquele dia com um pouco de dor de cabeça com tanto que eu pensei! Fiquei andando de um lado para outro no quarto, pesquisei algumas coisas na internet, liguei para Clarice, mais nada!
O que eu faria?
-Com licença! – era o Sr. Alter.
Alguém bate a porta.
-Bom dia! – disse.
-Não vai tomar café senhorita?
-Não estou com fome!
-Você está bem? Parece inquieta.
-Um pouco!
-Posso ajudar em alguma coisa?
-Não... é... Não é nada! Eu já vou descer!
-Está bem!
Coloquei uma roupa já esquematizada, caso surgisse uma idéia e eu precisasse sair!
Cheguei até a mesa posta. Minha tia não estava, provavelmente, já tinha saído com a Wanessa. A mesa tinha coisas que eu gostava. Peguei um copo de suco de laranja e dei uma golada. Fiquei olhando pra frente, para o nada, trabalhando minha mente. Não toquei mais em nada!
Depois de meia hora Sr. Alter chegou.
-A senhorita não tocou nada.
-Eu não estou com fome.
Retirei-me e fui para a sala. Olhei pela janela. O sol estava brilhando, os carros lá em baixo, fazia uma fila. Algumas pessoas andavam pela causada se batendo.
Bastian ainda não foi me ver. Não sabia se isso era bom ou ruim! Não nos víamos desde ontem de manhã. Ele não estava trabalhando, o que será que havia acontecido?
Sentei-me no sofá colocando os pés em cima dele. Cruzei os braços a minha frente. Queria muito que Bastian estivesse comigo. Mas não podia sentir isso, tinha que manter o foco.
Fui procurar o Sr. Alter. Quem sabe ele poderia me ajudar!
Ele não estava na cozinha. Fui então para o quarto dele. Estava tocando num som quase imperceptível estava tocando uma musica clássica! Dei uma olhada com detalhes para o quarto dele. Por mais que eu já tinha estado lá, nunca vi os por menores.
A organização era impecável. O quarto era simples, mas aconchegante. Tinha uma decoração meio anos 1800. As cores eram pasteis e verdes. A moldura da cama tinha circunferências que não se encontram mais facilmente. Ao lado dela havia uma mesinha com um telefone preto em cima. O guarda roupa era grande e de madeira pura. No canto esquerdo havia uma poltrona que combinava perfeitamente com todo o resto e ao lado dela havia uma pequena escrivaninha com uma cadeira e muitos livros em ordem alfabética. Autores nacionais e internacionais. Livros de pensamentos, dramas e historias trágicas baseadas em fatos reais. Em um lado mais alto da escrivaninha havia uma foto minha com ele em algum passeio que fizemos quando eu era pequena. Aquilo me fez sorrir. Peguei a foto que estava na moldura e passei a mão em cima. Deu-me saudade de meus pais. Já fazia alguns dias que eu não pensava neles. Eu não queria esquecê-los, mais sempre que eu tentava lembrar-se de algo aquilo fazia eu me sentir sem futuro algum. Coloquei a foto no lugar.
Logo ao lado da mesinha, havia um pequeno aparelho de som antigo, de onde saia musica clássica. Modelo de colecionador. Dei mais umas voltas no quarto. Sentei na cama de frente para o radio.
A porta do quarto do Sr. Alter se abre. Olho em direção e vejo-o entrando.
-O que está fazendo aqui?
Levanto-me.
-Desculpe Sr. Alter... É que eu estava-te procurando.
-Está precisando de alguma coisa?
Na verdade eu não tinha nada para falar com ele. Ia colher algumas informações do que os homens odiavam mais ele era bem esperto e ia perceber que eu estava aprontando.
-Na verdade... Não é nada... Eu... Só não tenho nada pra fazer. Ai me sentei, para ouvir um pouco de musica.
Ele sorri e chega perto de mim pega em minhas mãos e fez com que sentássemos no mesmo instante. Ele beijou minha testa.
-Não sabia que gostava de musica clássica. – disse ele olhando por cima das sobrancelhas e com um leve sorriso. Sorri diante daquela observação.
-Na verdade eu não gosto muito, mais não tenho nada contra. Da para relaxar.
-São poucos que sabem apreciar a verdadeira beleza da musica.
-Você sempre gostou?
-Sim. Desde quando eu era jovem. Meus amigos riam de mim pelo meu gosto musical. Sabe, os jovens gostam mais de... Como vocês falam... Rock’in roll.





Sorri quando ele disse isso. Olhei para o radio e fechei os olhos. Foi ai que eu tive uma idéia! Abracei Sr. Alter de felicidade por ele inconscientemente ter me dado aquela idéia.
-Obrigada! –disse a ele e me retirando em seguida. Ele, coitado, com certeza, ficou sem entender nada!
Sai de casa e fui até uma loja me informar como eu conseguia comprar ingressos para ir ao show de musica clássica amador da Escola Florence. Um vendedor veio me atender. Ele aparecia uma pessoa desligada. Estava sempre sorrindo e usava um jaleco branco. Suas mãos estavam dentro do bolso do jaleco.
-Olha, eles se apresentam hoje as 23h00min no teatro Principal! –disse ele. Senti que as coisas estavam ao meu favor. Isso até me fez sorri.
-Olha, eles se apresentam hoje as 23h00min no teatro Principal! –disse ele. Senti que as coisas estavam ao meu favor. Isso até me fez sorri.
-Vou querer dois ingressos. –disse já tirando o dinheiro da bolsa.
-Só tem um porem?
-O que?... Que porem?... Porem não é bom...
-Os ingressos acabaram.
-Como assim os ingressos acabaram?
-Acabaram...
-Mas... É amador... Não é possível que todos dessa cidade gostem de musica clássica.
-Não é isso. –tentou se explicar. –É que não vem muito pra gente. E quando chega. Já tem os clientes específicos. Assim que chegam, eles já vêem buscar.
-Eu não acredito...
-Sinto muito. É uma surpresa pra mim saber que você gosta desse estilo de musica. Eu gosto e meus amigos vivem zuando, mais eu não perco uma apresentação. Eles não são famosos mais tem talento.
Olhei para baixo arrasada e virei às coisas. Em um pequeno flash de segundo tive uma brilhante idéia. Se o vendedor não perde, com certeza ele tem ingressos. Talvez se eu oferecer o dobro do valor ele me concederia os ingressos. Se eu apelasse, também seria uma boa idéia. Virei no mesmo instante.
-Você tem quantos ingressos?
-Dois. Essa noite vou levar minha namorada. Ela também gosta. Nem acredito que encontrei alguém como eu... É uma surpresa sabe!?
-Você quer quanto pelos ingressos? –disse diretamente para ele. Como se não me importasse com o que ele tinha acabado de dizer.
-O que? Como assim?
-Olha, eu preciso muito desses ingressos. Eu preciso ir hoje nesse concerto.
Sinto muito. Mais acho que não vai dar. –ele faz uma pausa. –Sinto muito.

-Tudo bem. –digo indo em direção a porta. –Eu vou falar com minha tia que seu ultimo pedido não será concedido. –levei minhas mãos até os olhos como se estivesse chorando. Abri a porta.
-Como assim, ultimo pedido?
Antes de eu me virar lentamente, soltei um sorriso silencioso.
-Acho que ela não vai sobreviver.
-Não vai... –ele engoli seco. –Sobreviver?
-Sim, ela está muito mal.
-O que ela tem.
-Câncer.
-Câncer?
-Em estado terminal
-Oh! Meu Deus... Sinto muito.
-Você não tem nada a ver com isso... –respirei fundo. –Mesmo assim... –coloquei a mão no rosto dele. –Obrigada.
Voltei a ir em direção a porta que ainda estava aberta.
-Não... –olhei pra trás com a cara mais triste que eu pudia encenar. –Espere.
Ele foi até atrás de um balcão, abriu uma gaveta e me estendeu a mão com dois ingressos na mão.
-Tome.
-O que é isso? –disse como se eu não soubesse que eram os ingressos.
-São as entradas do concerto... –sorri pra ele, quando segurei os papeis.
-Você está...
-São os melhores lugares. –disse ele com o sorriso mais largo como se estivesse acabado de salvar uma vida.
Abri a bolsa para pegar o dinheiro. Pelo menos ele não iria sair no prejuízo.
-Não. –disse ele tocando em meu braço. –Não precisa me pagar. Fico feliz em poder ajudar em conceder o ultimo pedido de sua tia.
-Tem certeza?
-Absoluta.
Coloquei os ingressos na bolsa e dei um longo abraço nele.
-Qual o seu nome? –perguntei?
-Max!
Com a cara mais lavada do mundo eu disse:
-Deus te pague!
Dei mais um abraço nele e sai.
Subi o elevador do prédio em que eu morava ainda não acreditando no que eu tinha feito. Inventei uma doença para minha tia onde ela iria morrer.Estava me tornando um ser humano horrível. Abri a bolsa e tirei os ingressos para ter certeza que estavam comigo. Precionei elas contra o meu peito. “É por uma boa causa”, pensei comigo. 

Sorri e o elevador se abriu. Dei de cara com Bastian.
-Por que estava sorrindo? –disse ele surpreso a me ver.
-Olha o que eu consegui! –disse mostrando os ingressos.
-O que é isso?
-Ingressos para o concerto do Musical Clássico da Escola Florence. -disse isso quase gritando inconscientemente.
Ele ficou parado sem entender por que a minha grande empolgação.
-Você não sabe o que eu fiz para consegui. Mas isso não vem ao caso. O importante que vamos poder ir hoje as 23:00 e serão o melhores lugares.
-Hoje Lin, as 23:00? Ta maluca. É muito tarde. –foi exatamente as primeiras palavras que ele disse desde que me perguntou por que eu estava sorrindo.
-O que tem ser 23:00?
-É muito tarde. Imagina que horas vai acabar.
-É a versão curta. Alem do que, isso não é esses showzinhos que começa cedo e termina cedo pra as crianças irem para cama. É um show de classe. Algo totalmente diferente do que você está acostumado.
-É, realmente, não estou acostumado, nem você.
-Como você...
Fomos interrompidos por um casal que também morava no mesmo andar que nós. Estávamos prendendo o elevador. Eu do lado de dentro e Bastian do lado de fora. Bastian deu espaço para eu sair de dentro elevador e fomos para frente do apartamento do pai dele.
-Como você sabe... –continuei. –Eu não sou fã, mas sou uma grande admiradora da musica.
-Você está inventando moda isso sim.
-Não estou inventando não.
-Está sim. Por que você não aproveita essa semana que está de folga e aproveita para descansar fazer coisas que realmente gosta. Quando você estava trabalhando vivia reclamando de tudo. E agora que pode aproveitar...
-Eu estou aproveitando. –disse já nervosa e o interrompendo. –Estou fazendo tudo que eu quero e ainda estou me esforçando para te incluir em tudo, para depois você não ficar falando no meu ouvido, como eu devo agir como uma “namorada”. Agora quando a se você quiser ir ou não, é problema seu. Eu fiz minha parte. Te chamei. Depois não vai falar para seu papaizinho que eu não sou uma pessoa obediente. 


Afastei-me dele entrei em casa. Fechei a porta atrás de mim e me encostei-me à porta. Consegui causar o exatamente o que eu queria. 

Comecei a contar sorrindo.
-1,2,3...
Alguém bate na porta. Com certeza era Bastian sorri mais uma vez antes de abrir a porta, seria logicamente.
Lá estava ele, lindo com a cara mais charmosa de derrotado do mundo. Não disse nada. Esperei que ele falasse alguma coisa primeiro. Ele respirou fundo olhou para os lados e enfim disse:
-Está bem vamos.


-Ah! –gritei e o abracei com a vitória.

















-Mas com uma condição?
Fiquei paradinha na frente dele pronta para ouvi-lo. O charme dele me fascinava. E o jeito que ele me olhava fazia meu estomago borboletear. Os olhos dele penetraram nos meus e com toda a delicadeza do mundo ele disse:
-Promete que você não vai inventar pegar autografo dos cantores depois do espetáculo!
-Prometo! –disse sorrindo.
-E, por favor, eu vou está aqui as 22h30min, esteja pronta.
-Está bem, está bem.
-Promete?
-Prometo!
Dei mais um abraço nele aos pulos. Queria que ele sentisse que eu realmente estava querendo ir nesse concerto.
-Calma. Calma. –disse ele segurando meus braços. Nós encarando. –Você é louca, sabia?
Sorri para ele. Depois do que eu tinha feito hoje com o vendedor Max, estava começando a concordar com Bastian referente à minha sanidade. Ele foi embora e eu corri para meu quarto.
Fiquei contando as horas, os minutos. E cada vez mais que se aproximava mais minha ansiedade aumentava. Nem era tanto por causa do espetáculo, mais por poder ver a cara de tédio de Bastian.
Eu havia colocado um vestido preto aberto até abaixo do joelho tomara que caia com uma charpe de renda preta também. Fiz um coque no cabelo abusei do delineador nos olhos e coloquei um brilho nos lábios e um pouco de blush nas bochechas. Calcei um escarpão preto. As 09:35 já estava sentada na sala esperando por ele.
Assim como combinado ele chegou as 22:30. Era o tempo suficiente para chegarmos e nos acomodarmos no nosso lugar.
Ele estava de social sem gravata. Quem abriu a porta foi a foi o Sr. Alter. Assim que ele me viu ele deu um sorriso largo, tendeu a mão para que eu desse a minha. Descansei minha mãe direita sobre a dele e ele a beijou e depois piscou para mim. Sorri para.
-Você está linda.
-Obrigada.
Sem dizer mais nada seguimos para o elevador e depois para o carro. Chegamos as 21:54 exatamente. Procuramos o nosso lugar e nos sentamos. Tinha bastante gente, mais também tinha muitos lugares vazios. A decoração era esplendida e tinha uma grande cortina cobrindo o palco, onde seriam abertos exatamente as 23:00. Tinha muitas pessoas de classe e alguns estudantes vestidos com roupa esporte.
As 23:00 as cortinas se abrem e uma mulher começa a cantar opera em capela. Após alguns minutos começa o som dos pianos e o maestro começa a conduzir o som de todos os instrumentos.
No começo estava muito interessante. Realmente, era algo diferente que eu nunca tinha visto. Era algo novo tanto para mim e com certeza para Bastian que estava olhando concentrado para o palco.
Passaram-se uma hora e meia até que todos bateram palmas e as cortinas se fecharam. Algumas pessoas começaram a se levantar.
-Até que não foi tão ruim.  –disse Bastian olhando para o relógio.
-Vamos?
-A onde?
-Embora, acabou! –fiquei olhando para a cara dele. –Não, nem inventa, você não vai pedir autografo, eles nem são famosos. Podem até ser talentosos, mas você prometeu. –ele se levantou.
-Mas eu não vou pedir nada para eles.
-Então vamos embora.
-Mais não acabou!
-Claro que acabou.
-Foi só um intervalo. Tem mais uma parte de uma hora e meia.
-O que? –disse ele se sentando de novo e olhando para frente.
-Falta só mais um pouco.
-Mais um pouco? Terá mais uma hora e meia.
Olhei para ele mais ele não olhou para mim, continuou olhando para frente.
-Então vamos embora!
Ele entrelaçou suas mãos olhou para baixo.
-Não. Vamos ficar até o fim. Você disse que foi difícil conseguir os ingressos, certo?
Balancei a cabeça afirmando que sim!
-Eu só pensei que fosse a versão curta.
-Mas é.
-Imagina se não fosse. –disse ele se endireitando na cadeira.
Depois de meia hora, todos estão a seus postos. E as cortinas voltam a se abrir.
A orquestra volta a tocar e uma voz lírica ecoa ao fundo.
Dessa vez os minutos pareciam que estavam andando para trás. Olhei para Bastian e via ele pescando no sono. Futuquei-o para ele acordar.
-Desculpa. –disse ele passando a mão nos olhos e se concertando novamente na cadeira.
Mas o sono estava também me pregando uma peça. Manter os olhos abertos estava quase impossível a medida que os minutos iam passando. Não sei a que momento eu apaguei totalmente, só sei que deve ter sido logo depois de Bastian. Senti-me perdendo os sentidos aos poucos. Ainda lutava para ficar acordada. Não queria dar esse gostinho para Bastian jogar na minha cara que ele tinha razão.
Mas era mais forte. Fomos acordados, por uma mulher que não me lembro de seu rosto. Estava com a cabeça recostada sobre o ombro de Bastian que envolveu seu braço em mim. Demorei um pouco para despertar. Bastian que terminou de me acordar.
-Vamos embora, acho que agora acabou mesmo.
Espreguicei-me olhei para o palco, por alguns segundos tinha me esquecido onde eu estava, mas quando olhei para ele, me lembrei do concerto.
-Vamos. –disse mais uma vez Bastian já de pé, pegando em minha mãe.

 (CONTINUA)




domingo, 28 de agosto de 2011

II - Mês I Dia

mais que pensado e, enfim, publicado

Acordei exatamente 4 da manhã. Entrei na internet para ver algumas coisas. Estava tão ansiosa com o que eu ia aprontar com Bastian, que isso me despertou cedo. Queria pesquisar se tinha alguma coisa legal para fazer de ruim com um homem.
Li numa revista que Axl Rose estaria na cidade vizinha dando autógrafos. As coisas estavam ao meu favor. Bastian gostava dele. Tínhamos ido ao ultimo show que ele fez na cidade, mas ele estaria na redondeza para um show especial. Fiquei pensado como eu poderia ser mais chata naquele momento. Olhei para o relógio e era 04:30. Estava cedo para ligar para ele.
Não, para quem estava armando. Liguei. Estava torcendo para que ele tivesse dormindo. Ele tinha o costume de acordar cedo. Mas talvez não estivesse acordado, porque não iria para a empresa.
mais que pensado e, enfim, publicado
O telefone chamou até cair. “Bom, ele está dormindo”. Pensei comigo. Liguei de novo. E de novo. Até que na terceira vez, antes de cair na caixa postal, ele atendeu.
-Alo. –disse ele do outro lado da linha.
-Bastian, você não acredita. –disse toda empolgada.
-Quem está falando? –disse ele, meio que, ainda dormindo.
-Sou eu, a Lin.
-São que horas?
-Hum... 04:33 da manhã.
-Você está bem?
-Estou, por que?
-São 04:30 da manhã...
-04:34.
-Não importa. Por que você está de pé essa hora. Que milagre é esse?
-Desculpa te acordar. –disse com voz mansa.
-Só você mesmo.
-É... eu ligo depois, então. Embora, eu precisasse de você agora cedo... Tchau!
-Não... Espera... Pode falar. –disse ele bocejando. –Agora eu já acordei!
-Então ta. Sabe o que é? Eu estou vendo aqui na internet que Axl Rose vai está na vizinhança dando um dia de autógrafos. Você não pode perder. Você gosta tanto dele.
-É isso? –disse ele com um tom de decepção.
-É...
-Lin, eu não acredito. –disse ele me interrompendo. –Você me acordou pra isso? Do jeito que você falou, parecia que você estava tendo um filho. Você acorda cedo pra essas coisas, mas não acorda para ir trabalhar. –fiquei escutando em silencio mais rindo sem parar. Sem o deixa perceber. –Lin, esquece isso e volta a dormir, e acorde a hora que você quiser. Que eu vou fazer o mesmo.
-Tudo bem, desculpa, ta? –disse interpretando um tom bravo. –Eu só queria um autografo dele. E pensei que você também iria querer. Mas tudo bem. Eu vou sozinha. Tchau.
-Lin... –foi a ultima palavra que eu consegui o ouvi dizer, antes de desligar o telefone na cara dele.
mais que pensado e, enfim, publicado
Comecei a me arrumar. Terminei exatamente 05:15. Estava começando a ficar com medo de não conseguir fazer nada de irritante com Bastian hoje. Desci e fui para cozinha. Sabia que o Sr. Alter estaria lá tomando seu café com o resto dos empregados.
-Bom dia! –disse para todos.
Alguns me olharam assustados me dando bom dia entre os dentes.
-O que aconteceu? –disse Sr. Alter sem grandes demonstrações.
-Nada. Eu só acordei cedo e vou tomar café com vocês.
-Vai sair? –disse Sr. Alter tomando lentamente seu chá.
-Não. Talvez.
mais que pensado e, enfim, publicado
Olhei para o relógio novamente. Marcava quase 05:30. Minha preocupação estava aumentando. Bastian tinha que ir. Quanto determinei esse pensamento. A campanha toca.
-Quem será essa hora? –falou Sr. Alter e já indo em direção a sala. Eu coloquei o copo de leite em minha mão na mesa e fui correndo atrás dele.
Ele abriu a porta. Era Bastian. Meu coração deu um salto de alegria dentro do meu peito.
-Bom dia! –disse Bastian com a pior cara dele de cansaço. Até então ele não tinha me visto. –A Lin, está acordada?
-Estou bem aqui. –disse me mostrando impulsivamente.
-Oi. –disse ele abrindo a boca de sono.
-Com licença senhores, preciso terminar o meu café. –disse Sr. Alter se retirando.
mais que pensado e, enfim, publicado
-Eu já estava saindo. –fui para o lado de fora fechando a porta atrás de mim. Bastian deu um passo para trás. Mas fiquei imprensada entre porta e ele. Ele ficou olhando serio para mim. – O que foi?
Ele não disse nada. Foi até o elevador e a porta logo se abriu. Eu fiquei no mesmo lugar. Parada em frente à porta de casa. Bastian segurou a porta para não fechar.
 –Vamos? –disse ele.
-Mas eu pensei...
-Não vou deixar você sair por ai sozinha há essa hora.
Sorri para ele e entramos no elevador!
No elevador:
-Nós vamos de carro, né? –disse ele preocupado.
Não respondi, apenas ri. Chegamos no estacionamento, entramos no carro e seguimos caminho. Chegamos as 06:30 no local  onde Axl Rose estaria. O local estava lotado.
-Ai, Cristo! –reclamou Bastian.
-Calma, são só autógrafos, tenho certeza que vai ser rapidinho.
-Deus te ouça. -Falou ele se posicionado a minha frente.
O tempo foi passando, passando. Depois de 02 horas, Bastian começa a reclamar:
-Ele não vai chegar mais não?
-Calma, ele vai chegar. –acalmei-o
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Eu não estava nem me importando ficar todo aquele tempo em pé. Estava me divertindo tanto vendo a cara de Bastian que eu nem fiquei cansada.
-Preciso ir ao banheiro. –falei com ele.
-E agora? –falou ele.
-Fica aqui que eu já volto.
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Não estava com vontade de ir ao banheiro de verdade, mas estava morrendo de fome.Não tinha tomado café direito. Quando ia tomar Bastian havia chegado. Falei com Bastian que iria no banheiro de uma lanchonete perto. Mas na verdade eu fui fazer um lanche. Contei no relógio o tempo exato de 1 hora. Meu telefone toca:
-Cadê você?
-Desculpa, eu aproveitei para fazer um lanche. Vem pra cá. Você aproveita de senta um pouco.
-Mais e a fila?
–Eu vou pra ir!
-Então eu vou esperar você chegar e depois eu vou.
-Beleza. –desligamos o telefone.
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Fui até a fila.
-Pode ir. Aproveita e descansa.
-Tá. –disse ele já de costas.
Todo mundo que chegava, eu deixava entrar na frente. Queria perder o dia todo naquele lugar. Aquilo pra mim estava sendo emocionante.
Depois de trinta minutos Bastian chega.
-Já? –disse.
Ele não me respondeu, apenas olhou para a fila.
-Tem certeza que estávamos aqui?
-Tenho.
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Voltamos a ficar em silencio. Mais uma hora se passou. Bastian já tinha suspirado varias vezes, sentou no chão, ficou de pé, encostou-se ao muro, ficou de pé, voltou a sentar no muro.
-Não agüento mais - reclamou ele.
-Se você quiser pode... –minha frase foi interrompida por gritos desesperados. –Acho que ele chegou disse.
-Graças a Deus! –diz Bastian.
Ele se posiciona com a postura ereta na minha frente. Após 10 minutos, a fila começa a dar passos vagarosos. E assim vamos seguindo. Lentamente. Bastian não parava de abrir a boca de sono.
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Estava tão feliz que estava conseguindo que, sem querer, soltava um riso, mais Bastian não via, pois estava na minha frente.
Mais uma hora se passou e quando faltavam 10 pessoas para chegar nossa vez Axl Rose, deu um tchau para todos, acenando sem grandes emoções e foi embora.
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Todo o restante ficou decepcionado. Bastian continuou parado no mesmo lugar sem se mexer, enquanto a fila se desfazia aos poucos. Fiquei olhando para a cara dele, mais o mesmo, olhava para a porta onde Axl Rose entrou e em seguida desapareceu lá pra dentro.
Ouvíamos pessoas chorando e outras gritando o nome de Axl Rose.
 -Não precisa ficar assim Bastian. Eu sei que você queria o autografo, mais de outra vez a gente consegue. –falei como se estivesse me importando por não ter conseguido o autografo.
Ele não me responde nada. Após 1 minuto volto a falar com ele.
 -Bastian... –ele não me responde. –Bastian...
-Vamos embora. –foi à única coisa que ele disse antes de virar as costas para mim e seguir em direção ao carro.
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Ficamos em silencio. Por alguns minutos comecei a me sentir culpada. Eu sabia que ele não estava nem ai para o autografo. Ele parecia que estava decepcionado, por ‘eu’ não ter conseguido. E que seu resto de sono, foi interrompido em vão.
Olhava para ele enquanto ele dirigia mais ele só olhava para frente. Sua expressão não era de raiva, mais estava seria, fechada.
Senti-me na obrigação de me desculpar, mesmo sabendo que era exatamente aquilo que eu queria que tivesse acontecido.
-Tudo bem! – respondeu ele aos meus pedidos de desculpas.
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Chegamos em casa. Fiquei de costas para a minha porta e fiquei vendo Bastian abrir a dele. Antes de ele entrar, ele se vira pra mim.
-Sinto muito por hoje. –disse ele.
-A culpa foi minha.
-Teremos outras oportunidades. –disse ele piscando. Não consegui dizer nada. –Eu... acho que vou descansar um pouco.
Apenas balancei a cabeça e entrei para minha casa!
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Aconteceu exatamente o que eu queria, mais eu não queria que tivesse acontecido. Eram sentimentos adversos que eu estava sentindo.
 O que eu estava fazendo com ele era injusto. Poderia ter sido justo quando eu o conheci. Mas ele havia mudado!
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O pior de tudo era esse poder que ele tinha de mexer completamente comigo. Influenciando tudo que eu fazia.
Mas eu estava disposta a levar meu plano em frente. Essa fusão de sentimentos em mim, não ia parar enquanto ele não voltasse a me odiar.
Não queria ser amiga dele. E sabia que ele não gostava de mim, como eu gostava dele. Isso fazia em querer continuar. Ia ser melhor para nós dois!
(COMTINUA)