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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um Pouco de Lembranças


Mais que pensado e, enfim. publicado
A lembrança mais antiga que eu tenho foi quando eu tinha 04 anos. Eu morava com meu pai e minha mãe em uma mansão a leste da cidade. Era um bairro bem tranqüilo. Tínhamos poucos vizinhos. Só pessoas ricas moravam nesse bairro. Tinha muitas arvores e parecia que o clima sempre era agradável. Era perto de tudo mais ao mesmo tempo era longe de tudo. Meus pais gostavam muito de morar ali.
Nossa casa não era murada. Tinha um jardim lindo. Uma ramificação que separava a causada da rua com o terreno. Um caminho para entrada pela frente e a garagem. Tinha muitas flores coloridas. Mais as minhas preferidas eram os lírios. Acha sua cor linda e suave. Minha casa tinha uma cor de salmão com branco. Tinha dois andares, janelas grandes, muito espaço para uma criança de quatro anos poder brincar a vontade. Era perfeita.
Meu quarto era grande. Tinha tudo o que eu queria. Era cheio de lembranças e presentes que meus pais traziam quando faziam viagens internacionais. O presente que eu mais gostei e tenho até hoje,só não sei onde eu coloquei, foi uma boneca de pano que minha mãe trouxe quando foi para a índia. Eu só conseguia dormir com ela. Minha mãe sempre a mantinha limpinha para mim.



Mais que pensado e, enfim. publicado

Ah! Minha mãe! Ela sempre belíssima. Pele branca como a neve. Cabelos negros como a escuridão e olhos azuis como céu. Não sei qual foi à parte da beleza dela que mais atraiu no meu pai. Além de sua beleza incomparável, sua bondade não se justifica. Ela procura sempre me levar para o trabalho. Quando eram viagens mais longas, como para fora do país ela não me levava, pois achava que eu não podia perder aula. Mesmo que estivesse no prézinho. Mais ela não me deixava com qualquer pessoa. Mesmo que eu odiasse a Tia Malvine, minha mãe sempre preferia confiar me deixar com um parente mais próximo possível. Nem com os empregados. E infelizmente eu não tinha muitas escolhas. Os parentes dela moravam muito longe. Os parentes do meu pai a maioria eram mortos, outros ele nem conhecia direito. Ele só tinha essa irmã que sempre ficava comigo.
Parecia que ela era sempre velha e magra. Tinha uma única mexa branca no lado direito Ca beça. Não gostava de pintar, pois dizia que era seu charme. Não sei que charme! Diferente onde eu morava. Ela sempre gostava da cidade. Eu tinha que ficar com ela no seu enorme apartamento que meu pai bancava para ela. O prédio onde ela morava era tão alto que, por eu ser pequena, não conseguia enxergar o céu. Quando começava a subir o elevador, parecia que eu ia encontrar Deus. À medida que eu ia crescendo ficava pensando o quando o meu pai tinha que gastar para bancar todo aquele luxo. Ela não suportava a idéia de trabalhar, então ela sempre fazia um drama para meu pai suprir as muitas necessitadas dela. Graças a deus que não era sempre que eu ficava com ela.
Quando minha mãe voltava das viagens ela me levava o presente até o meu quarto mais só me deixava abrir quando estávamos no telhado da varanda da nossa casa, que conseguíamos passar pela janela lateral do meu quarto. Depois ela me contava historias em que eu era personagem principal e se eu não gostasse do final que ela contava ela me perguntava como eu queria que terminasse. Quando eu falava, a atenção demonstrada era muita. Depois ela me dava um beijo e eu ia dormir. Ela sempre acordava de bom humor e ria de tudo que eu fazia. Mesmo que tínhamos muitos empregados ela fazia questão de preparar o café da manhã para meu pai e eu. Tomávamos na cozinha mesmo e às vezes ela até me deixava ajudar ela. Era muito divertido.


Mais que pensado e, enfim. publicado

Quando meu pai chegava à cozinha com seu roupão preto, a mesa já estava posta. Ele dava um beijo na minha mãe e a desejava bom dia. Pegava-me no colo e beijava minha testa e depois ia se sentar comigo na mesa.
Ele era muito oposto da minha mãe. Era sempre serio e não gostava de muitas conversas de manhã. Lia seu jornal tomando uma xícara de café puro. Às vezes fazia algum comentário com a minha mãe sobre algum assunto de política de que estava lendo. As 08h30min, sempre em ponto ele ia se arrumar para trabalhar. Meu pai era dono de uma grande empresa de moda chamada Bellatrix Vest. Minha mãe trabalhava com ele. Mas ela sempre ia mais tarde, pois tinha que organizar as coisas para os empregados fazer.
Ele sempre usava terno preto, seu cabelo sempre estava cortado baixo e usava um perfume único e inconfundível. Na hora do almoço, fazia questão que comecemos todos juntos. Sempre de poucas palavras, conversava pelas suas ações. Ele sempre me dava um beijo antes de dormir e falava que eu era a princesa dele. Nas noites que chovia muito, os relâmpagos e trovões me deixavam com muito medo. Confesso que sinto um pouco de medo até hoje. Não medo, talvez saudade. Nessas noites eu ia até o quarto deles, ele me levava até a cozinha e dividíamos um pedaço de torta de chocolate que minha mãe fazia questão que nunca faltasse na geladeira. Eu e meu pai éramos viciados. Mais parecia que quando eu comia com ele o sabor era mais doce, o tempo parava e eu realmente me sentia uma princesa.

Ele era maravilhoso. Queria me lembra mais dele na minha infância. Isso acontece talvez porque eu o perdi cedo de mais. Não me lembro de seu rosto. De sua voz. Não tenho fotos dele. Fui tudo tão rápido. Eu tinha apenas cinco anos de idade. Deveria ser crime um ser tão pequeno perder seus pais.
Não me lembro direito do que aconteceu. Minha tia me conta que, em uma viagem de avião que eles fizeram para o Havaí, eles enfrentaram uma tempestade. Meu pai que estava pilotando seu pequeno avião. Começou um vento muito forte. Ele pediu para minha mãe permanecer calma, se sentar e colocar o cinto de segurança. O vento piorava e o avião balançava muito. Parecia brinquedo no céu. Tenho certeza que ele tentou fazer tudo que podia para se salvar, salvar minha mãe e voltar pra mim com vida. Mas o avião caiu no mar. A única coisa que eu me lembro com clareza foram quando minha tia recebeu a noticia do acidente. Eu estava na casa dela. Tinha acabado de tomar banho. Usava um vestido lilás com sapatos brancos. Estava brincando com minha boneca de pano preferida.  Minha tia atendeu ao telefone e em poucos segundos jogou o telefone no chão e começou a chorar desesperadamente. O mordomo dela, Sr. Alter, veio para ver o que aconteceu. Minha tia o abraçou forte. Eu ficava olhando como se não tivesse acontecendo nada, apenas mais um chilique da minha tia. Sr. Alter me pegou no colo e me levou para um quarto.

As buscas foram intensas. Mais não acharam o corpo dele, apenas o da minha mãe. O velório dela foi três dias depois que desistiram de achar o corpo de meu pai. Fizeram um velório simbólico para ele, junto com o dela.
E o que mais me irrita nisso tudo. Foi que naquele dia eu não chorei. E não me lembro de ter feito isso mais tarde.



Mais que pensado e, enfim. publicado

Fiquei com minha tia Malvine. Acho que não existe castigo pior para ma pessoa. Não que ela me agredia ou me deixava passar fome. Mais tinha que obedecê-la em tudo. Até nas coisas mais banais, tinha de ser do jeito dela. Ela fazia questão que eu estivesse sempre muito bem arrumada e depois que eu colocasse o pijama não poderia mais sair do quarto. Nas noites de tempestades ia escondido para o quarto do Sr. Alter, mais depois de um tempo preferia ficar debaixo da minha cama. Sentia-me segura.
Quase um ano após a morte de meus pais, minha tia tomou dianteira na presidência da Bellatrix, Só poderia requerer meus direitos como herdeira quando eu tivesse 21 anos. E eu só tinha sete. Ela não levava muito a serio. Afinal nunca gostou de trabalhar. Como presidenta achava que só o simples fato de esta lá, já era uma grande coisa. Mesmo assim era raro as vezes que ia. Gastava mais toque produzia, e o que a empresa produzia em uma semana estava reduzida para um mês. As coisas estavam ficando fora de controle. Ela nunca ia às reuniões e atrasava os pagamentos dos funcionários. Até que um deles deu um golpe que quase faliu de vez a empresa.
Quando eu tinha 14 anos eu já comecei a trabalhar nela como modelo. Nunca pensei em ser uma, mais o que minha tia falava, eu tinha que obedecer. Até que não eram uns dos piores trabalhos do mundo. Com o tempo eu até me acostumei. Fazia caras e bocas para tirarem minhas fotos.
Mais ai as coisas estavam realmente complicada. Minha tia começou a cair em si. Se a empresa falisse de vez, onde ela ia morar como ia sustentar suas necessidades e seus luxos?
Ela tinha que tomar uma providencia. Foi aqui que em três meses, quando tinha 19 anos, minha vida foi transformada totalmente.

(CONTINUA)

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