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Confesso que foi a melhor noite da minha vida. Estava confortável. O ambiente era perfeito tinha um ar diferente que estava acostumada.
Durante um momento que abri meus olhos para me virar. Vi onde eu realmente estava.
Um quarto bem aconchegante, estilo das montanhas. Tinha uma lareira. Uma mesinha de madeira com um jarro de flores naturais dentro. Lírios. Um guarda roupa grande. E de um lado tinha uma porta de vidro que coberta com uma cortina beje que dava acesso a varanda. Ainda vi uma cadeira de balança, onde descascava uma almofada grande. E por fim, no chão. Tinha um tapete que não se encontrava na cidade. Era todo artesanal. Tudo era lindo e diferente.
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Voltei a me deitar e adormeci novamente.
-Lin?
-Hum... -reclamei ainda com os olhos fechados.
-Já chega de dormir. Vai passar o final de semana todo dormindo?
-Não. –disse me mexendo.
-Lin, acorda. Já vai dar 10h00min.
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Abri os olhos de vagar. Vi Bastian, com toda a paciência do mundo. Pela primeira vez. Voltei a fechar os olhos de vagar e sorri por saber que eu estava com ele.
-Bom dia. –disse ele. Passando a mão em meu rosto.
-Bom dia. –respondi. Sentei-me na cama
-Trouxe café da manhã pra você. –disse ele pegando a bandeja que tinha colocado em uma parte cama e colocando no meu colo. -Sr. Matilde. Já tirou a mesa do café há muito tempo, Está preparando o almoço. Aqui, todo mundo começa cedo.
-Quem... É Sr.ª Matilde? –perguntei esfregando meus olhos.
-Você vai conhecer ela? Ela é encantadora. Mas toma café primeiro.
-Está bem.
Tinha suco, bolinhos e bolachas de leite. Tudo caseiro.
-Isso esta bom. –falei com a boca meio cheia.
-Você não viu nada ainda.
Sorrimos um para o outro.
-O que você quer fazer hoje?
-Não sei. –respondi. – Que tem pra fazer.
-Varias coisas. Mas antes quero te apresentar algumas pessoas.
-Então ta.
Bastian abriu à cortina e a porta de vidro que dava acesso a varanda para o sol entrar.
-Depois eu volto. -e saiu.
Terminei de tomar meu café tomei banho e coloquei uma roupa mais fresca e confortável. Coloquei as coisas que eu ia usar com mais freqüência dentro do guarda roupa.
-Já podemos ir?
-Já.
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Ele me pegou pela mão. Passamos pelo corredor escuro onde tinha varias portas fechadas e em todo o corredor havia um tapete totalmente artesanal.
Curvamos a esquerda e descemos uma longa escada de madeira que dava acesso a sala. Tinha Sofás de canto, dois e três lugares e uma poltrona do papai combinando com a decoração rústica. E no centro havia um tapete que parecia pele de urso de tão peludo que era. Antes de curvarmos a direita, provavelmente para chegar à cozinha, consegui espiar um cômodo com uma mesa comprida e as cadeiras ordenadas. Não consegui vi nada mais alem do que isso.
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Enfim, chegamos à cozinha. Tinha duas garotas, um pouco mais velhas do que eu. Sentadas descascando verduras. E uma senhora de costas em frente do fogão.
-Bom dia para todas. –disse Bastian.
A senhora respondeu primeiro mais, não se virou. As duas moças levantaram a cabeça na mesma hora. Pude, assim, perceber que elas eram gêmeas idênticas.
-Oi. –disseram as duas de uma única vez. E se aproximaram de mim. Dei um passo para trás sorrindo.
-Olá. –respondi.
-Calmas meninas. –disse Bastian.
-Estávamos doidas para te conhecer. –disse uma delas.
-Eu me chamo Mieche.
-E eu Mithi.
-Prazer em conhecê-las. –confesso que não consegui identificar quem era quem.
-Você é linda.
-Obrigada. –disse agradecendo
-Bastian sempre teve um bom gosto com garotas. –as duas sorriram.
-Ah!... O Bastian. –comecei dizendo olhando para ele. –Ele trazia muitas namoradas?
-Na verdade não. –disse Mieche. -Eu acho.
-A gente via nas festas.
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-Ele disse que traria a que valesse a pena.
-Ah!... –disse olhando para ele. Ele estava sorrindo sem graça. Confesso que saber daquilo me deu uma pontada de felicidade.
-Meninas, por favor. –disse Bastian também sorrindo.
-Vai ficar o final de semana todo? –perguntou uma delas.
-Acho que sim. –respondi.
-Está bem. Agora me deixa apresentar a Sra. Matilde.
A senhora do fogão se virou. Seu rosto tinha muitas rugas e tinha uma verruga no meio da testa. Parecia ser mais rabugenta do que minha tia. Ela usava um avental salmão de pano e estava com uma colher de madeira nas mãos.
Bastian se aproximou dela e agarrou-a para dar um beijo no rosto. Sorri ao ver aquela cena.
-Bom dia Sr. Matilde. –disse ele.
-Eu já tinha respondido. –disse ela seria e batendo nele com a colher de madeira para fazer que ele a soltasse. –Me solta menino.
-Deixa eu te apresentar. –ele se aproximou de mim e me levou para mais perto dela. –Essa é Lin.
-Sua namorada? –disse ela levantando a sobrancelha para o lado dele.
-É. –disse ele sorrindo.
-O que come mocinha? –perguntou a mim.
-O que? –não tinha entendido o motivo da pergunta.
-O que você come.
-Hum... Eu como de tudo.
-Alguma alergia a algum tempero?
-Na verdade... Eu acho que não.
-Ela só não gosta de nada cru ou gosmento. –disse Bastian.
-Sem frescura? –perguntou ela para Bastian.
-Sem frescura! –disse ele.
Ela ainda seria se aproximou de mim. Assustei-me um pouco. Mas ela me abraçou, prendendo meus dois braços junto ao meu corpo. Olhei para Bastian, pois não estava entendendo nada. Ele estava sorrindo.
Depois que a Sr.ª Matilde parou de me abraçar fortemente, ela disse:
-Acho que vamos nos dar bem.
-Ãh!... Que bom. –sorri. –Espero que sim.
-Agora, saiam da minha cozinha. Os dois. –disse ela se virando de volta para o fogão.
Saímos da cozinha.
-Sra. Matilde é realmente... Encantadora.
-Ela é assim mesmo. –disse ele sorrindo.
Chegamos à sala onde havia uma senhora ao telefone, que já estava no final da ligação.
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-Então está bem. Tchau. –disse ela.
-Sra. Cupper! –disse Bastian abraçando.
-Enfim, apareceu garoto.
-É! Deixa eu te apresentar...
-Essa deve ser Lin. –disse a Sra. Cupper o interrompendo e se aproximando de mim.
-Isso.
-Seu pai já me passou as informações. –disse ela sorrindo pra mim.
-Prazer em conhecê-la. –disse.
-O prazer é meu. –disse ela. –espero que passe um ótimo feriado conosco.
-Já estou tendo.
-Onde está meu pai? –perguntou Bastian.
-No mesmo lugar de sempre.
-Certo. Vamos dar uma volta.
-Divirtam-se.
Fomos para fora. Passamos por uma varanda cumprida e fresca, onde tinha plantas e uma rede. Começamos a andar por ai.
-A Sra. Cupper é tipo a governanta. Ela me conhece desde pequeno. Já levei muita bronca dela.
-Onde é esse lugar que seu pai está?
-Ah! Ele gosta de cavalos. Sempre quando ele vem aqui. O primeiro dia ele passeia com o cavalo dele. Trôo.
-Hum...
Ficamos em silencio. Caminhávamos lado a lado pelos os caminhos que tinha na mata. O ar era puro e tinha muitos pássaros cantando. Bastian andava com as mãos nos bolsos e eu com os braços cruzados.
-O que você quer fazer? –perguntou pra mim parando na minha frente. Fiquei pensando. –Tem piscina. Lagoa. Rio.
-Não gosto muito.
-Me deixa pensar em outra coisa...
-Eu já sei. –o interrompi.
-O que?
-Meu pai dizia que um dia ia me ensinar a cavalgar.
-Cavalos?
-Isso. Quero andar de cavalo.
Ele passou a mão no pescoço.
-Então vamos.
Seguimos uma trilha até chegarmos ao estábulo. Tinha muitos cavalos. De todas as cores.
-E ai meninos? –disse ele.
Parecia que os cavalos conheciam a voz dele. Parecia que eles estavam com saudades. Ele passava um por um. Fazia um carinho e contava uma pequena historia pra mim sobre eles.
-Esse foi o primeiro que eu montei. Se chamar Hitler. –disse ele.
-Hitler? Por quê?
–Deve ser pelo temperamento dele. Foi um sufoco. Parecia que eu nunca ia consegui. Até hoje, ele não deixa qualquer um montá-lo.
Fomos para outro cavalo. Sua pelagem era branca com manchas marrom
-Essa se chama Keib. É a mais mancinha e a mais velha.
-Por que você não tentou montar nela primeiro?
-Não sei.
Seguimos para o próximo cavalo.
-Esse é o mais treinado. –ele abriu a porteira. –É nesse que você vai montar.
-Mas não é melhor na mais mansa?
-Não é quanto mais mansa melhor. Quando mais treinada, melhor. Keib é mansa. Mas não é muito obediente.
Ele abriu a porteira e puxou-a para fora.
-Segure-a.
Peguei a corda que se prendia nela.
-Então ta.
-Eu vou no Hitler.
-Tem certeza?
Ele abriu a porteira e puxou o cavalo para fora, prendeu-o num pedaço de madeira fincado no chão e se aproximou de mim.
-Quer que eu te ajude...
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Antes mesmo que ele terminasse a frase tentei subir no cavalo sozinha. Lembrei-me de como eu via nos filmes e consegui subir sozinha. Minha postura ficou perfeita como se eu já soubesse montar.
-Acho que não preciso de ajuda. –disse para Bastian depois de já mais tranqüila.
Ele sorriu para mim e voltou para o seu cavalo, desamarrou e subiu. Observei-o dando um leve toque com o pé direito perto da trazeira do cavalo que o fez andar para frente. Fiz o mesmo com o meu cavalo. Comecei a segui-lo e tentar imitar o que fazia.
-Você está indo muito. –dizia Bastian.
Dei três toquinhos que fez com que o cavalo fosse um pouco mais rápido do que o Hitler. Comecei a me sentir mais segura e consegui até correr com ele e Bastian ia ao meu lado. Depois chegamos até um lugar com um espaço grande, com muitas folhas no chão e arvores ao redor. O cenário era belíssimo. Parei para apreciar a bela paisagem. Era paradisíaca.
-Esse lugar é mesmo bonito. –disse para Bastian.
-Eu gostava de vir aqui com alguns amigos. A gente brincava. E conversávamos sobre mulheres. –ele sorri. –Queria voltar a ser criança. –refletiu ele.
Não vi que um besouro tinha pousado na minha perna. O reflexo fez com que eu desse um toque forte no cavalo que eu estava que acho que era para seguir ligeiro para frente, assim como foi treinado. Mais como eu não estava preparada, o cavalo foi e eu fiquei. Cai no chão com tudo.
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Minhas costas arderão ao encontrar com o solo seco. Só não senti mais dor, por que a vergonha estava me consumindo. Parecia que meu rosto que bateu no chão, pois ele ardia.
Bastian desceu do seu cavalo e veio me ajudar.
-Você está bem?
Apenas balancei a cabeça afirmando que estava. Ficamos de pé. Não conseguia olhar diretamente para ele. Antes, eu realmente estava me achando por ele me elogiar por conseguir uma coisa que eu nunca tinha feito antes. Podia o sentir olhando para mim e perceber que ele estava vendo minha vergonha.
-Acho... Melhor a gente ir... E procurar... O cavalo.
-Mais você só andou um pouquinho. Vamos no meu!
-No Hitler? –disse um pouco apreensiva, pois me lembrei que ele foi difícil de domesticar.
-Calma eu vou com você. Depois a gente vê o outro.
Fui em direção ao Hitler. Bastian me ajudou a subir e se posicionando logo atrás.
-Segure firme. –disse ele também segurando a corda que envolvia o cavalo para conduzi-lo para as direções.
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Meu coração estava batendo forte mais não por está em cima de um cavalo temperamental, mas, por toda a atenção que Bastian estava me dando. Aquilo realmente era bom.
-Viu, não precisava ficar com vergonha. –disse ele som um sorriso na voz.
-Eu... Não estava... Com vergonha.
-Estava sim!
-Não estava.
-Estava
Fiquei em silêncio.
-Eu te conheço.
Sorri por ouvi-lo dizer aquilo.
-Ah! É?
-É. Sei mais de você do que você pensa. Sei que você gosta de dormir muito e chegar atrasada nos lugares.
-Não. Isso não vale. -sorrimos.
-Pergunta então!
-Então ta. O que eu mais gosto?
-Hum... Bolo de chocolate?
-Você está me perguntando ou está afirmando.
-Afirmando.
-O que eu tenho medo?
-De... Chuva...
-Não...
-Quer dizer, não de chuva em si, mais de relâmpagos e trovões.
-É... Está certo... Hum... –pensei na próxima pergunta. –E o que eu não gosto?
-Alem de comida gosmenta? De festas granfinas.
-Não, só algumas.
-Já está bom pra você?
-Já! Eu vou começar a ficar com medo de você. –sorri. –Está bem, mais eu também sei um monte de coisa sobre você.
-Não vale falar que eu odeio atrasos.
-É tem isso também. Mais sei seu prato preferido, que gosta de animais...
Ficamos conversando por bastante tempo. Tranquilamente, nem vimos a hora passar.
-Acho melhor nos irmos. O almoço já deve está pronto. Sr.ª Matilde é um pouco pior do que eu. Odeia atrasos pro almoço. Eu lembro que se chegássemos quando todo mundo já estava comendo, ela não deixava a gente almoçar.
-Que horror, vocês ficavam com fome?
-Não. Só depois de muito pedir ela deixava a gente comer. Só que na cozinha!
-Ela me assusta.
Bastian fez o cavalo parar. Já estávamos no estábulo. Ele desceu primeiro e depois me ajudou a descer.
-Então, o que você achou?
-Perfeito.
-Mesmo com o tombo?
-Mesmo. –sorrimos.
Mais logo que ele ficou serio.
-Seu sorriso é lindo.
Também fiquei seria.
-Ãh! –olhei para os lados em busca de palavras. Mais um nó na garganta estava me impedindo. –Obrigado. –foi o agradecimento mais difícil da minha vida!
Ele nunca tinha falado algo tão sincero para mim. Fitamo-nos por segundos. A mão dele se elevou para tocar meu rosto. Mas ele hesitou.
-Melhor irmos.
-E o outro...
-Depois eu vou atrás dele.
-Então ta.
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Seguimos andando de volta para casa. Ele estava poucos passos a frente de mim com as mãos nos bolsos e chutando folhas. E eu caminhava lentamente, ficando pra trás aos poucos. Não parava de pensar no que ele tinha dito para mim. Era simplesmente sublime. Isso crescia minha esperança de achar que ele também gostava de mim. Mas, poderia ser apenas uma gentileza. Tudo isso me corroia por dentro.
-Lin, Lin...
Olhei para Bastian estava totalmente distraída.
-Oi!
-Assim vamos chegar na hora da janta.
-Desculpe. –aprecei o passo.
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Ele tirou uma das mãos do bolso e estendeu. Dei passas maiores para conseguir chegar até ele e segurar na sua mão. Fomos de presa, às vezes arriscamos correr.
Chegamos na casa. Quando entrei dei direto com o Sr. Martin.
-Bom dia Sr. Martin, estamos atrasados?
-Não. –disse ele rindo.
-Eu vou subir rapidinho. –disse Bastian.
-Está bem.
Eu e Sr. Martin ficamos em silencio.
-Está gostando?
-Muito.
-Onde vocês estavam?
-Fomos passear de cavalo.
-Que legal. Eu também sai de cavalo. Eu gosto muito.
-Meu sonho é montar... Quer dizer, era.
-Se eu tiver a oportunidade, espero podermos passear.
-Ãh!... Está bem.
-Eu vou subir também. Vemo-nos no almoço.
-Está bem.
Mais apreensiva eu ficava quando estava com o pai de Bastian. Sentei-me no sofá esperando. Bastian desceu.
-Vamos?
-Vamos. –me levantei e segui-o.
Quando chegamos à sala de jantar a mesa estava cheia. Estavam todos. Convidados e empregados. Todos sentados na mesma mesa. Tinha pessoas que ainda não foi me apresentada. Todos estavam rindo e conversando. Sr. Martin estava sentado na ponta. A Sra. Cupper, a governanta, estava na outra ponta. As gêmeas estavam do lado esquerdo. Ao lado do Sr. Martin tinha duas cadeiras vagas. Provavelmente para mim e Bastian.
-Sente-se ao nosso lado. –disse uma das gêmeas.
-Está bem.
Tinha apenas uma cadeira vaga. Bastian teria de sentar sozinho ao lado do pai.
-Joel. –disse Sra. Cupper. –Sente do lado do Martin e deixe Bastian sentar ao lado da namorada.
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Ele se levantou tranquilamente e trocou de lugar. Ele era grande, sua pele era bronzeada pelo sol e tinha braços largos. Ele usava uma camisa xadrez e calça jeans.
-Joel é um amigo da família. –disse Sra. Cupper.
-Prazer. –disse.
-O prazer é nosso. –disse ele dando uma piscadela.
Um rapaz magro e com voz do interior, disse:
-Dessa vez você acerto, viu? Mais ela é bonita mesmo!
-Obrigada. –disse sorrindo.
-Bastian tem um bom gosto. –continuou ele. –Só não sei se você tem. –toda a mesa sorrira.
-É mesmo. –disse outra moça, que eu ainda também não tinha visto. –Não sei como você consegue.
-Eu entendendo perfeitamente? Todos estão contra mim? –disse ele com o sorriso mais lindo do mundo.
-É o Bastian... –olhei para ele. –É bem... Difícil... Sabe que eu também não sei como eu consigo? –comecei a debochar. –Ele é temperamental. Explosivo. Previsível. Impaciente. Rabugento...
-Nossa, quantos atributos colocados a mim. –disse ele colocando uma colherada de seu prato preferido. Olhei para ele e sorri.
–Eu posso ficar aqui o dia todo. –continuei.
-Cuidado para não se cansar. –disse ele.
-Ah!... Esqueci do meu preferido. Bastian é muito debochado!
Ele balançou a cabeça e fechou os olhos. Tentou ri mais sua boca está muito cheia para isso.
-Mesmo assim. Independente de qualquer coisa. –olhei para ele e respirei fundo. –Ele... Consegue ser perfeito.
Encaramos-nos ligeiro e olhamos para o nosso prato.
-Ah! –gritou todos. –Beija, beija...
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Olhei para Bastian em busca de ajuda. Mais ele estava tão transtornado diante do pedido como eu. Olhei para o Sr. Martin que percebeu meu pavor.
-Pessoal, não vamos deixar Lin constrangida. Assim ela nunca mais vai vir aqui.
-Ah! –disse todo mundo novamente, ao mesmo tempo seguido de um suspiro.
O almoço seguiu tranquilamente. Mais eu evitei chamar atenção para meu “relacionamento” com Bastian.
Depois do almoço subi para o quarto onde eu dormia para ver se tinha algum recado no meu celular. Embora o sinal fosse péssimo eu consegui ler algumas mensagens da Clarice. Ate dei algumas tentativas de ligar para ela.
-Alô? –disse andando pelo quarto.
-Oi.
-Clarice?
-Alô?
-Clarice sou eu Lin!
-Lin? Eu não consigo de escutar direito. –o sinal realmente estava horrível e fez com que a ligação caísse.
Tentei fazer mais uma tentativa mais em vão. Joguei o celular na cama e em seguido escuto alguém bater na porta.
-Pode entrar.
Uma garota quase duas vezes maior do que eu entrou no meu quarto, jogou as balas no chão e me abraçou tão forte que eu quase não conseguia respirar. Ela prendia meus dois braços e quase conseguia me levantar. Vi Bastian atrás dela com algumas sacolas de compra na mão dele. Provavelmente as dela. Olhei para ele como se não tivesse entendendo nada. O que era verdade.
-Estava louca para te conhecer. –disse ela olhando para mim mais ainda segurando meus braços com as mãos.
-Ah!... –tentei dizer alguma coisa.
Ela volta a me abraçar fortemente. Olhei novamente para Bastian e vi-o rindo.
-Você vai matar ela Jenny.
-Ai desculpa. Eu me empolguei. Eu sou Jenny. Infelizmente prima do Bastian.
-Ela fala isso, mais ela fala que eu sou o primo preferido dela.
Sorrio com aquela cena.
-Eu sou Lin!
-É eu sei. Quando Tio Martin disse que você estaria aqui nesse feriado eu resolvi do aeroporto vir para cá. Estou morta.
-Você estava onde?
-Inglaterra. Um frio que só eles agüentam.
-Legal.
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Jenny era um verdadeiro mulherão. Era alta. Cintura fina. Seios arredondados. Postura perfeita. Suas pernas eram torneadas e canelas grossas. Seu cabelo era preto e brilhante como o do Bastian e sua pele branca como a neve.
-E o que você está fazendo aqui dentro com o sol rachado já fora? –disse ela.
-Ah! Eu só...
-Vamos para piscina.
-Ela não é chegada à água. –disse Bastian.
-Que não gosta de água o que! Vamos sim. –ela se virou para Bastian pegou as sacolas dele das mãos e o empurrou com o corpo para fora do quarto. –Você vai colocar uma cueca ou sei lá mais o que, que vamos colocar o biquíni.
-Mais eu não trouxe...
-Eu tenho um que vai ficar perfeito em você.
Ela termina de colocar Bastian para fora e joga as sacolas na cama.
-Depois eu levo para meu quarto. –ela começa abrir as sacolas. –Agora me deixe ver... –fico em silencio esperando ela. –Achei. Coloque esse. E depois essa saída por cima.
Ela jogou tudo em cima de mim e eu fui para o banheiro. Pendurei as coisas e me olhei na frente do espelho e pensei no momento mais feliz que eu pudia me lembrar da minha vida. Sorri era inevitável. Coloquei o biquíni e joguei a Saída por cima.
Voltei para o quarto. Jenny estava só de biquíni e não tinha colocado a Saída. Pude ver como o corpo dela era perfeito. Fiquei até com um pouco de vergonha.
-Também estou pronta. –disse ela colocando a saída. –Vamos? –disse ela sorrindo.
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Fomos para a piscina. Bastian já estava lá e dentro da água. Tinha quatro cadeiras de sol. Jenny se sentou e eu fiquei de pé. Bastian viu a gente saiu da água.
-Você conseguiu trazer ela mesmo. –disse Bastian para sua prima tentando fazer-me cócegas.
-Não... Encosta em mim que você está milhado. –disse e me sentei na cadeira de praia ao lado da Jenny. Bastian tentou me afastar para ele se sentar na ponta da cadeira junto comigo. Dei espaço para ele.
Jenny ficou de pé para tirar a saída. E voltou a se sentar. Dei uma olhada para Bastian para ver se ele olhou para ela. Mais ele não fez isso. Eles eram só primos. Tirei a minha sentada mesmo.
-Passa nas minhas costas? –disse Jenny dando o protetor pra mim. –Cadê o seu pai Bastian?
-Não sei. Ele disse que ia dar umas voltas. Você sabe como ele é.
-É. Mas estou com saudades dele.
-Pronto. –disse devolvendo o protetor.
-Passa em mim que depois eu passo em você. –disse Bastian se viram de costas para mim.
Enchi as mãos para passar em todo o seu ombro largo e forte. Sua pele era dura mais macia. Pude ver que ele tinha umas pintinhas nas costas e sua pele era lisa.
-Pronto. –disse.
-Obrigado.
Ele se virou e colocou um pouco de protetor em suas mãos. Eu me virei para ele passar.
-Vocês não vão ficar só aqui não né? –disse ele enquanto espalhava o punhado que colocou na mão.
-Eu vou Quero ficar preta. –disse Jenny de óculos escuros, deitada e curtindo o sol.
Quando terminou, ele se levantou.
-Vamos Lin?
-Não eu também vou ficar aqui. –disse já me deitando.
-Há, não vai não! –disse ele me pegando no colo.
Ele se jogou comigo na água e ia me soltar, mais eu agarrei no pescoço dele.
-Não me solta. –disse ofegante depois que colocamos a cabeça para fora da água.
-Hum... Agora entendi seu pavor de água. Você não sabe nadar.
-Não. Minha mãe tinha me colocado na escolinha quando eu era pequena. Mais minha tia não deixou continuar. Disse que natação deixava os ombros largos e não era elegante para um garoto.
-É talvez não seja mesmo. Mais ai...
Ele foi descendo para dentro da água devagar e eu fui tentando escalar nele para continuar com a cabeça para fora, mas ele afundou muito e eu acabei afundando também. Agarrei nele de novo e nós subimos. Apertei o pescoço dele sem perceber.
-Eu não estou conseguindo respirar. –reclamou ele.
-Desculpa. Leva-me de volta?
Ele olhou para mim e sorriu.
-Não.
Olhei para a beira da piscina e estiquei o braço o maximo que eu pude para ver se eu conseguia me escorar no murinho para sair. Mais Bastian chegou mais para o centro da piscina e eu voltei a afundar na água. Ele me ajudou.
-Bastian!
-Só se você me pedir, por favor.
-Por favor!
Ele foi para a beira e eu pude sair da piscina e fiquei sentada apenas com as pernas para dentro da água. Passei as mãos no rosto e olhei feio para ele.
Bastian saiu da piscina e foi em direção a Jenny.
-Então vem você. –disse ele puxando ela.
-Não! –gritou ela.
Os dois caíram na piscina jogando água por toda a parte.
-Ai Bastian, seu idiota. –reclamou ela tirando o cabelo de frente de seu rosto.
Bastian enche a boca de água e joga nela.
-Que nojo.
E em retribuição ela joga água com as mãos nele também. Os dois começam então a jogar um no outro. E começam a ri. Nunca tinha visto Bastian tão feliz e sorridente. Eles ficam brincado por um tempo e eu continuo sentada na beirada da piscina com apenas com as pernas dentro da água. Jenny já tinha terminado de reclamar que ela não queria ter se molhado. Bastian olha pra mim e eu tento desviar o olhar, mas percebe que ele mergulha e vem até a mim.
-Quer entrar? –pergunta ele.
-Hum... Não sei.
-Eu te seguro.
-Promete?
-Prometo.
-Então ta.
Eu desço e ele já me segura e vamos para a Jenny.
-Se lembra que a gente brincava de guerrinha? –disse Jenny.
-Era divertido. –disse Bastian.
Jenny olha para fora da piscina.
-Joel. –grita ela. –Vem aqui.
Ele chega perto da piscina.
-Vamos brincar de guerra igual fazíamos quando éramos pequenos? –propõe Jenny.
-Só se eu for seu parceiro. –diz ele sorrindo.
Jenny vira o olho e balança a cabeça. Joel entra na piscina com a roupa que ele estava mesmo.
-Como se brinca disso?
-É fácil. –explica Jenny. –Eu e você subimos no ombro dos meninos e tentamos derrubar uma a outra com o isopor quem cair na água perde.
-Eu acho que eu não vou saber fazer isso. –hesitei.
-Não precisa ficar com medo não, eu vou te segurar.
Pensei um pouco enquanto olhava Joel trazer o isopor em forma de cobra para perto de nós.
-E então, vamos? –disse Joel.
-Está bem. –disse.
Eu e Jenny subimos no ombro dos meninos.
-Quando eu falar já. –disse Jenny. –Já. –disse ela me acertando em cheio.
-Ah!
Eu caio como um peixe morto. Bastian me ajuda.
-Não valei você me pegou desprevenida.
-É por isso que a guerrinha. –disse Joel.
-É assim, né?
Posicionei-me novamente nos ombros de Bastian. Começas a bater uma na outra com os isopores. Eu quase cair de novo mais eu fui vitoriosa e consegui derrubá-la.
-Yeah!
-Acerto de principiante. –disse ela.
A terceira vez quem ganhou foi ela de novo. Mais a próxima foi eu.
-Não acredito que você empatou comigo. Eu era a melhor. Ninguém nem chegava perto de me ganhar. –reclama ela.
-Pois é, Jenny.
-Vamos lá, hein! A decisão.
Como nem mesmo eu acreditei consegui ganhar 3X2 para mim.
-Ah! –gritamos eu e Bastian. Abraçamos-nos e ouvimos Jenny e Joel brigando.
-Foi sua culpa. Por que não me segurou direito. –questiona ela.
-Agora a culpa é minha.
-Lógico.
Eu e Bastian sorrimos com a situação. Mas de repente eu sinto um calafrio.
-Está frio. –disse.
-É o tempo mudou. Acho que vai chover de noite. –disse Joel.
-Vamos sair. –disse Bastian.
Todos nos saímos da piscina e entramos em casa. Eu e Jenny fomos para o quarto a onde eu dormia.
-Eu só vou pegar minhas coisas. –disse ela.
-Está bem. Eu vou tomar um banho quente.
Entrei no banheiro e liguei o chuveiro para encher a banheira. Tomei um banho bem demorado e relaxante. Coloquei uma roupa quentinha e desci. Bastian e Joel estavam conversando baixinho na janela que dava acesso para a varanda e as gêmeas estavam cochichando e rindo no sofá. Quando viram que eu estava ali elas vieram em direção a mim.
-Aqui está ela. –disse Mieche.
-Oi meninas. –disse.
-Vem conosco, precisamos te fazer algumas perguntas. –disse Mithi já me puxando de volta para
cima. Estávamos indo para o quarto delas.
-O que aconteceu?
-Queríamos te fazer algumas perguntas. - Mieche.
-Sobre... O que?
-Queríamos saber como é a cidade.
-A cidade?
-Isso. Só conhecemos aqui.
-Mas o nosso sonho é ir para lá e ser modelo. –completou Mithi.
-Ah! Não tem nada de mais.
-Você pensa assim porque mora lá.
Mithi abre um baú e pega uma revista, localiza uma pagina e me mostra. Era eu posando com roupas de grife.
-Queremos ser modelo igual a você.
-Deve ser uma loucura. As luzes a passarela. –disse Mieche.
-Não sou modelo de passarela.
-Não. –disse as duas em uníssono.
-Não. Não tenho estrutura física para isso.
As duas se sentaram uma ao lado da outra triste. Como se eu tivesse jogado um balde de água fria nas duvidas que elas queriam tirar. Mieche estava começou a folhear a revista.
-Desculpa meninas. Mais olha tem muitas outras coisas legais para se fazer.
-Sabe, eu já pensei em ser atriz. –disse Mithi.
-Serio? Que legal.
-Conhecer todos aqueles atores e famosos bonitos e jantares importantes.
-Não é bem assim. –a alertei.
-E nesse trabalho aqui? –disse Mieche me mostrando novamente à revista, mais agora com eu e Bastian posando para a grife Glamour. –Você e Bastian já estavam juntos.
Olhei bem para a foto como se fosse há muito tempo.
-Ãh!... Acho que sim.
-Ou só estava se conhecendo? –disse Mithi como se estivesse vendo um filme de romance.
-É... Isso.
-E vocês se beijaram antes ou depois que ele te pediu em namoro?
Meu coração palpitou.
-Ãh!...
-E como é que foi?
-Ãh!...
-Foi num lugar especial?
-Por que vocês não usam aliança?
Eram muitas perguntas que estavam me deixando atotuada, pois eram perguntas que não tinham respostas.
-Meninas... Desculpem... Eu... Preciso ir!
Antes de qualquer coisa eu sai do quarto delas e tratei de ir para o meu até a hora do jantar. Mas no meio do caminho eu encontro Bastian.
-Bastian? –parecia que quanto menos eu queria ver ele, ai que ele aparecia.
-O que foi? Acontecer alguma coisa?
-Não... Eu... Só vou para o quarto.
-O jantar está quase pronto.
-Assim... Eu... Te encontro lá então.
Fui para meu quarto antes que Bastian perguntasse mais alguma coisa. Deitei-me na cama e fiquei pensando em que pé estava meu relacionamento com Bastian. Um relacionamento, que na verdade, nunca existiu. Fiquei me perguntando se ele não sentia os mesmo temores que eu sentia. Os mesmos desejos. Mas ao pensar em todos os fatos decorrentes cheguei à conclusão que não. Eu estava sofrendo sozinha por gostar dele, e ele não gostar de mim.
Depois do jantar voltei para o meu quarto.
Aquela noite seria cumprida, pois como o Joel havia dito iria chover.
(CONTINUA)
Meninaaaaaaaaaaa, quase fiquei doida aqui vendo os rapazes tão lindos!!!
ResponderExcluirOiii
ResponderExcluirA história parece ser boa.. você escreve muito bem. Voltarei para conferir a continuação! :DD
Obrigada pela visita ao meu blog.. fiquei muito feliz com o seu comentário.
bjuu..bjuu
Já estive aqui, e agora voltei!!!
ResponderExcluirkkkkkkkkkk
Quero maiiis!!! xD
ResponderExcluirbjuu