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segunda-feira, 25 de julho de 2011

I-Mês XXVI Dia

mais que pensado e, enfim, publicado

Despertei com um leve som que, parecia vir de longe, me chamando. No principio achei que era da minha cabeça.
-Lin? –dizia a voz. Mas não conseguia identificar. Um pouco por ainda está despertando do sono. –Lin! –dizia novamente. –Lin, você está ai? É o Bastian.
Levantei-me depressa e respondi o chamado.
-Bastian? –disse primeiro num tom que com certeza não daria para ele ouvir. A porta de metal impedia que o som passasse livremente.
-Lin? –
-Bastian? –falei, agora gritando. –Bastian, estou aqui. Pode me ouvir?
-Sim, eu estou te ouvindo.
-Me ajuda, por favor.
-Calma eu vou te tirar você daí.
-Bastian. –chamei mais uma vez. Mas não me respondeu. –Bastian? –será que ele ainda estava lá? –Ainda está ai? –sem resposta novamente.
Por um momento achei que o que estava escutando era coisa da minha cabeça. Sabia que alguém ia me achar. Mas só quando alguém se desse conta que um dos elevadores estavam quebrados.

Não olhei para as oras nenhum momento. Tenho todo o tempo do mundo. Mesmo que eu não quisesse, mesmo sem saber. Mesmo que eu perca. Eu tenho todo o tempo do mundo.
Acho que fiquei mais uma hora depois do que aconteceu. Não sei se foi verdade ou um devaneio.
Mas ai, escuto um barulho. Meu coração pula no meu peito. Estava doida para sair daquele lugar. Minha respiração fica curta. E a ansiedade consome cada poro da minha pele. Cada entranha.
A porta de abriu. Bastian veio direto ao meu encontro e me abraçou.
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A porta de abriu. Bastian veio direto ao meu encontro e me abraçou.

-Graças a Deus! –disse ele. Ele olhou para mim. –Você está bem? –apenas balancei a cabeça afirmando que sim. –voltamos nos abraçar. –Vamos sair daqui.
Quando entrei em casa minha tia e Sr. Alter estava esperando por mim.
-Lin. –disse primeiro Tia Malvine. –O que aconteceu?
-Não sei...
-Fiquei tão preocupada. –interrompeu-me, abraçando-me. –Pensei que tinha acontecido algo pior.
-Está tudo bem tia.
-Quando Bastian disse que você veio com ele, mas eu não te vi, pensei um monte de coisa.
-Tia? –não estava agüentando falar. –Está me sufocando.
Ela me solta. E se recompõe.
-Desculpa. Pode subir. Tome um banho e descanse um pouco. Deve está exausta. 
Ela se retirou dizendo:
-Vou ligar para Wanessa dizendo que você está bem.
-Obrigado.
-Vou preparar algo para você comer. –disse Sr. Alter. –E levo pra você comer.
-Obrigada, Sr. Alter.
Ele também se retira. Eu e Bastian ficamos sozinhos na sala principal. Por alguns segundos ficamos em silencio sem se encarar.
-Que bom... Que... Você está bem. –disse ele tentando quebrar o clima. -não disse nem fiz nada. Apenas olhei pra ele. -Viu por que eu não confio em elevadores à noite? Tudo pode acontecer. Ainda mais quando a pessoa é cabeça dura. –ainda disse ele. Depois fez uma pausa. –Olha, não queria ter brigado do com você. Mas, você... É teimosa.
-Eu não sou teimosa. Você que é sistemático... E... Não confia em mim.
-Deveria? –disse ele.
-O que? –me virei para outro lado. –Você deve confiar em mim, mas do que eu deveria confiar em você.
-Por favor...
-Você... Você é previsível e totalmente... Esquisito.
-Eu esquisito? Você tem as atitudes mais estranhas. Parece uma criança.
-Criança? Eu tenho sido adulta toda a minha vida...
-Você pensa assim. Mas não é assim que a vida segue. Na verdade lá fora, a pessoas piores do que você pensar. Não se pode confiar em ninguém. E qualquer atitude “previsível” que eu possa ter, é por eu saber que você nunca vai crescer. Você nunca vai estar realmente pronta para qualquer mudança que possa ter. –ele fez outra pausa e eu continuo calada. –Eu só quero que você seja feliz. É verdade. Mas você tem que se ajudar e parar de ficar se lamentando tanto.
 Aquilo, realmente me atingiu fundo e o pior é que eu sabia que ele estava certo. Acho que a maioria das vezes ele está certo e isso que eu mais odiava nele.
-Pode ir. –disse pra ele virando as costas para subir as escadas para ir para meu quarto.
Não sei se ele foi logo, mas eu não olhei para trás. Segui direto para meu quarto.
Sempre que eu tentava resolver algum erro, recebia o erro de volta. Ai me sinto tão humana como qualquer outro bicho.
Talvez não fosse tão adulta como eu pensei que fui. Toda a minha vida foi muito complicada.

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Deitei-me na cama após um banho e pressione os olhos com bastante força para que minha mente não vagueasse para nada. Eu queria pela primeira vez poder dormir sem ter que refletir em nada. Sem que o sono fosse uma conseqüência da minha mente cansada de pensar.
Alguém bate na porta.
-Com licença. –disse Sr. Alter. –Trouxe algo para você comer. Bolo de chocolate com um pouco de leite e canela.
-Obrigada.
Mesmo que eu não estivesse com fome, decidi comer. Não ia me entregar.
-Me conte alguma coisa? –disse para Sr. Alter quase saindo do meu quarto.
-Como?
-Me diga algo. Qualquer coisa. Alguma noticia interessante que você viu no jornal. Ou qualquer outra coisa.
-A senhorita... Está bem?
-Estou!
Ele se sentou ao meu lado.

-Bom... Não gosto muito de jornais... –fiquei esperando alguma coisa, concentrada em cada palavra que ele dizia. –mas ontem eu li algo interessante.
-Diga-me então!
-Hum... É um pensamento.
-De quem? –perguntando após ter dado um pequeno gole no meu copo cheio.
-Não me lembro. Ninguém de famoso.
-Não importa... Quero ouvir.
-Tudo bem... Começa assim... “Esqueça seu dia mal dormido, e tua noite mal acordada e dança comigo. Esqueça tua face pálida e tua melancolia cálida e dança comigo. Esqueça tuas vidas e dias mal passados e teus poucos momentos alados e dança comigo e dança comigo. Esqueça tua aflição e dor, agonia e solidão. Pega minha mão e dança comigo.”
Fiquei em silencio só digerindo.
-É lindo. –disse sorrindo.
-Sabe Lin? Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente. A vida é o caminho de volta para casa. –quando ele terminou de dizer essas palavras, beijou minha testa e se retirou sem dizer mais nada.
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Fiquei um pouco pensativa nas palavras que ele disse por ultimo. Por mais que eu tente os sonhos e pesadelos sempre vão estar comigo, mas posso esquecê-los.
Depois que tomei meu copo de leite com canela de uma só vez, levantei-me e coloquei uma musica animada, bem alta e me deitei. Fiquei dublando, em silencio, cada palavra da letra. E assim consegui pegar no sono, sem ter que pensar em nada alem da musica.
Mesmo com todo aquele barulho no meu quarto Consegui dormi bem.
Quando a musica acabou. Levantei num pulo, um pouco assustado com o silencio e fiquei de pé sobre minha cama.
-Você é louca? –disse Bastian se afastando do radio que tinha acabado de desligar.
-Bastian? –disse me sentando na cama.
-Só se você tiver bem cansada mesmo pra conseguir dormir com todo esse barulho.
-É... Eu... Esqueci de desligar.
Ouvi meu celular tocar. Peguei de cima da mesinha ao lado da minha cama. Era o alarme dos remédios de Bastian.
-Já tomei. –disse ele indo se sentar ao meu lado.
Dormi tanto que já era a hora do almoço. Bocejei e esfreguei meus olhos. Bastian passou a mão no meu cabelo que estava bagunçado em frente ao meu rosto.
-Esquece tudo que eu disse, ta?
-Está... Tudo bem.
Ficamos em silencio.
-Sabe que dia é hoje?
-Não!
-Hoje é sexta-feira. Feriado.
-Ah!... Esqueci.
-Pensou em fazer alguma coisa?
-Na verdade... Não. –fiquei pensando o que ele iria inventar para gente ir. Festa chata. Gente superficial.
-Meu pai tem uma casa no interior.
-É?
-Lá é... Bem bonito. –não disse nada. –Tem cavalos, piscina, natureza. –ele faz uma pausa. –A gente estava pensando em passar o feriado lá. –senti que ele esperava que eu disesse algo. Mas não fiz. –Queria... Que você fosse. –olhei pra ele.
-Tá... Tem que ir, né?
-Se você quiser não precisa. –disse ele olhando pra frente.
-Verdade? –perguntei surpresa.
-Verdade.
Ficamos novamente em silencio. Quando ele olhou pra mim eu olhei pra frente.
-Você não quer ir né?
Abaixei a cabeça e balancei a cabeça informando que não. Senti-o engolindo seco. E nos dois ficamos olhando para o nado.
-... Tudo bem então.
Ele se levanta.
-Eu... Vou... Tenho que arrumar minhas coisas.
-Ta. -ele abriu a porta. –Se divirta.
-Vou tentar. –disse ele com um sorriso triste.
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Sozinha no quarto pensei em quanto tempo eu não precisava fazer algo que eu não queria. Sempre tinha que estar com ele. Sempre ao seu lado como um casal perfeito. Pensei também em quanta coisa eu poderia fazer aquele final de semana. Pensei e não achei nada. E dessa vez, ele se importava se eu queria ir ou não.
Sai do quarto correndo e tropeçando em tudo. Queria alcançar Bastian. Cheguei à escada e vi-o abrindo a porta para sair.
-Bastian. –disse. Ele olhou pra cima. –... Eu vou com você.
-Tem certeza?
Fiz “sim” com a cabeça. Ele deu o sorriso mais lindo do mundo e eu sorri de volta pra ele.
-Volto à noite. –disse ele antes de fechar aporta atrás dele.
Fiquei parada ali por alguns segundos.
-Você vai almoçar Lin? –disse Sr. Alter.
-Minha tia está? –perguntei.
-Não. Ela achou que você ia acordar muito tarde e decidiu almoçar com a Wanessa.
-Você já almoçou?
-Ainda não.
-Então eu vou comer com você. –disse voltando para meu quarto.
-Senhorita Lin, eu almoço na cozinha.
-Então é lá que vamos comer.
Deixei-o lá e voltei para o meu quarto. Peguei umas malas e coloquei em cima da cama. E desci para a cozinha. Tinha uma pequena mesa redonda com comida quente e dois pratos a mesa.
-O que termos hoje? –perguntei para o Sr. Alter.
-Estrogonofe. –era o prato preferido de Bastian.
-Hum... Deve estar uma delicia.
Sentamo-nos e comemos, enquanto conversávamos.
-Sabia que hoje é feriado?
-Sabia.
-O que vai fazer no feriado?
-Você sabe Lin... Não sei lidar com dias “livres”. Na verdade, não suporto feriados, não gosto da idéia de ter compromissos nem horários a seguir.
-Há Sr. Alter, vai ao cinema, ou no teatro, fazer umas compras.
-Não gosto de filas de cinema, shopping, ou mesmo ficar na frente de uma televisão.
-Por quê? Por que é tão difícil se permitir uma folga?
-Gosto do que faço.
-Então você não vai fazer nada?
-Uma tarde de leitura... Talvez.
Ficamos alguns segundos em silencio.
-E você?
-Eu o que?
-Pra onde você vai?
-Bastian... Me chamou pra passar o final de semana no interior com o pai dele ele.
-Que bom.
-Espero que seja. –disse num tom não tão perceptível.
Terminamos de almoçar. Bastian fez seus afazes normalmente e eu fui arrumar minhas malas. E como Bastian tinha prometido, ele voltou mais a noite.






-Está pronta? –perguntou ele.
-Sim. Só vou pegar minha mala de mão.
-Eu vou ir descendo com as maiores então.
-Ta.
Logo em seguida eu também desci. Minha tia já estava em casa.
-Cuidado, lá está bem? –disse ela.
-Tem certeza que você não quer ir tia?
-No mato? Nunca. –ela viu que o Sr. Martin estava junto de nos. Ela ficou um pouco sem graça. –Melhor não. –concluiu ela.
Dei um beijo de despedida e um abraço no Sr. Alter e saímos.
O motorista levou as malas até o carro junto com Bastian. Chegamos ao estacionamento, Bastian e seu pai foram na frente. Sr. Martin dirigia.
-É muito longe? –perguntei.
-Mais ou menos. –respondeu Sr. Martin.
-Tenho certeza que você vai gostar de lá. –disse Bastian.
Sorri e tentei imaginar como seria lá. Um lugar tranqüilo e nem um pouco estressante. Mas durante a viagem, por alguns momentos me deu vontade de voltar. Mas logo meu pensamento passava, quando Bastian ou seu pai dizia alguma coisa legal.
Meu celular tocou. Era um numero que eu não conhecia.
-Alo.
-Lin? –dizia uma voz feminina.
-Quem está falando.
-É Clarice.
-Oi.
-Desculpa. Pedi que minha mãe pedisse seu numero para sua tia.
-Não. Tudo bem.
-O que vai fazer amanhã?
-Amanhã...
-É que eu queria te encontrar para irmos juntas ao cinema e eu tenho te contar uma coisa importante. –disse ela antes mesmo que eu falasse onde eu estava.
-Desculpa Clarice, mas eu não estou em casa. Vou passar o final de semana fora.
-Ah!... –disse ela com uma voz de decepção. –Tudo bem.
-Sinto muito.
-Está tudo bem. Depois eu te conto.
Abaixei minha voz.
-Quando eu consegui ficar uns minutinhos sozinha, eu ligo pra você e você me conta. Combinado?
-Combinado.
Desliguei o celular. Estamos numa estrada com mata por todo lado.
-Que milagre o celular pegar nessa parte. –disse Bastian. –Geralmente, fica fora.
Durante a viagem. Fiz algumas perguntas para eles sobre onde estávamos indo.
-Todo ano você vem aqui?
-Tem quase dois anos que não víamos. –disse Bastian.
-Muito trabalho. –disse Sr. Martin.
-É! –disse Bastian com tristeza no timbre de sua voz. –Muito trabalho.
Descidi não perguntar mais nada. Fazia horas que Sr. Martin estava dirigindo e parecia que estava longe de chegar. Só via estrada e mato, nenhum sinal de cidade ou alguma casa.
Fiquei olhando as arvores que passava. Os dois na minha frente estavam em silencio. Não senti nem vi a hora que apaguei. Não me lembro direito quando chegamos. Estava muito sonolenta.
Lembro-me de alguma coisa, quando Bastian tentou me acordar.
-Vamos, chegamos. –o ouvi dizer.
-Tá. –respondi.
Senti ele me levar no colo, mas não via nada. Estava muito escuro e eu estava com muito sono. Já tínhamos saído de noite de casa, mais a viajem longa, não me agüentei. Depois disso, não me lembro de mais nada.
(CONTINUA)










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